A Liga Sorocabana de Basquete (LSB) não conseguiu superar o Cruzeiro B nas semifinais da Liga Ouro e, assim, se despediu da competição. O jogo foi disputado, na noite de quarta-feira (21), no Ginásio Poliesportivo de Itatiaiuçu, em Minas Gerais, e terminou em 73 a 64 para os donos da casa.

Para o gestor e técnico da LSB, Rinaldo Rodrigues, a inexistência de um armador de ofício colaborou para os erros que culminaram na derrota. Outros pontos que influenciaram, ainda segundo ele, foram a falta de maturidade para saber fechar os dois jogos na casa do adversário, além do pouco investimento na equipe.

“Jogamos o campeonato inteiro sem um armador de ofício. O Lucas e o Zibechi ajudaram muito, mas não eram armadores e se tornaram. Eles precisam de mais experiência. Na hora que entrou a defesa forte [do Cruzeiro] perdemos muitas bolas. Abrimos 16 pontos de vantagem, mas não aguentamos a pressão”, lamenta Rinaldo.

Cair nas semifinais depois de sete anos sem participar de uma edição da Liga Ouro — torneio de o ao Novo Basquete Brasil (NBB) — não era esperado pelo treinador. No entanto, ele ite que seria difícil bater o Cruzeiro e o Osasco (que agora disputam as finais) que investiram pesado. “Eles [os finalistas] foram realmente os mais fortes”, comenta.

Após o fim do jogo e o sonho de retornar à elite da modalidade cair por terra, coube a Rinaldo as palavras de conforto à equipe. “Foi um momento único, todos chorando. Eles são novos. Eu os agradeci por tudo que eles trabalharam dentro e fora das quatro linhas. Foi uma das melhores equipes que a LSB teve de empenho, nesses anos todos”, conta.

Apesar do bom desempenho, o grupo atual não deve ficar para disputar as demais competições. Nos próximos meses está previsto a participação da LSB nos Jogos Regionais, Paulista e Jogos Abertos.

Campanha

A LSB chegou às semifinais da Liga Ouro após vencer o Minas (oitavas de final) e o Pinheiros (quartas). O desempenho e a reação na etapa decisiva surpreenderam, principalmente porque na fase de classificação o início foi bom, mas no segundo turno foram várias derrotas seguidas.

Na primeira parte do campeonato, a LSB terminou em quinto lugar com 14 pontos. Em dez jogos, foram quatro vitórias e seis derrotas — aproveitamento de 40%. “Foi fantástico para nós dentro e fora da quadra. Jogar a Liga Ouro nos trouxe público e seriedade para elevarmos nosso nível”, reflete Rinaldo.

Falta investimento

Ainda segundo o técnico e gestor da equipe de Sorocaba, entre vários empecilhos e tropeços, a problemática principal para o desempenho dentro de quadra melhorar é a falta de apoio e investimento. “Há anos não temos uma política de esporte onde poderíamos nos relacionar com empresas grandes de nossa cidade e região. Vivemos de guerreiros do esporte sorocabano. Até quando?”, questiona.

O jogo

O desempenho nos playoffs deu à LSB a confiança para a partida decisiva — cada equipe havia vencido em seus domínios nos dois primeiros jogos da série — que funcionou nos dois primeiros períodos.

O time sorocabano chegou a abrir boa vantagem ao conseguir colocar em prática a boa defesa, impedindo os ataques do Cruzeiro B. Contudo, antes de acabar o primeiro tempo, os donos da casa reagiram e, aproveitando as falhas da LSB, foram para o intervalo com apenas oito pontos de desvantagem.

A volta do intervalo foi o terror para a Liga Sorocabana. O Cruzeiro B fez valer o fator casa e o apoio da torcida e, somado aos erros de e e finalização da LSB, conseguiu virar e ar a istrar o placar até o fim: 73 x 64 para a equipe de Minas.

Douglas Nunes foi o cestinha da LSB com 21 pontos e oito rebotes. Já pelo Cruzeiro B, Lucas Lima foi o principal nome. O armador terminou o jogo com 21 pontos, cinco rebotes e cinco assistências.