Há 40 anos o São Bento marcava o seu nome no troféu da Taça São Paulo. Em 1985, a equipe sorocabana foi a última a levantar o caneco pelo torneio que, no ano seguinte, foi cancelado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Para chegar ao título, foram dez vitórias, seis empates e apenas duas derrotas ao longo do campeonato. O levantamento é do historiador esportivo Luiz Carlos Éden.

Os torcedores que estavam presentes no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o CIC, em 19 de abril de 1985, acompanharam o empate sem gols diante do XV de Jaú. Contudo, o São Bento já tinha garantido o título com uma rodada de antecedência — no dia 14, também no CIC, mais de 1,7 mil são-bentistas vibraram com o empate por 1 a 1 contra o Juventus, resultado suficiente para que o Bentão soltasse o grito de “é campeão”.

Na ocasião, o time sorocabano era comandado pelo técnico Benê Ramos, que escalou Dorival; Paulinho Pereira, Nildo, Geraldo e Donizetti; Cacau, Hamílton e Biquinha; Américo, Nivaldo e Solano. O gol foi marcado por Hamílton no primeiro tempo. Do lado adversário, Silva empatou na metade da segunda etapa.

A partida que entregou o troféu contou com a presença de José Maria Marin, presidente da FPF na época. Ele veio a Sorocaba cumprimentar o então presidente do clube, o saudoso Lázaro Agostinho de Lima. Aproveitou para promover o jogo de entrega das faixas e do Troféu Rede Globo 20 Anos — patrocinadora da competição naquele ano.

Ainda segundo levantamento de Luiz Carlos Éden, a artilharia da Taça São Paulo 1985 ficou com o atacante Hamílton, com sete gols, seguido por Biquinha, Américo e Nivaldo com cinco gols cada, além de Solano, Donizetti, Cacau e Adalberto, que marcaram um gol cada.

A competição

A Taça São Paulo 1985 contou a participação de 60 clubes da 1ª, 2ª e 3ª Divisão, atual Séries A1, A2 e A3, respectivamente. Na primeira fase, os times foram divididos em 16 grupos regionalizados, onde somente o campeão de cada um deles avançava.

Torcida ainda lembra

O coronel aviador da Força Aérea Brasileira (FAB) e professor, Guilherme Jonas Feliciano, não estava na cidade na época por motivos pessoais, mas acompanhou tudo pela imprensa. “Apesar de torcer à distância, comemorei muito, mas fiquei decepcionado com o pouco interesse que a competição despertou. Mesmo com ótima campanha, o público foi pequeno na maioria dos jogos. No entanto, o importante é que o São Bento foi campeão e colecionou mais um importante troféu para sua galeria”, lembra o sorocabano de 60 anos.

A competição foi acompanhada pelo Cruzeiro do Sul. Na edição de 16 de abril de 1985, o título antecipado estampou a página 9 do jornal.