Buscar no Cruzeiro

Buscar

Dados do Censo

Brasil tem 2,4 milhões de diagnosticados com autismo

Número equivale a 1,2% da população do País, de acordo com o IBGE

23 de Maio de 2025 às 21:50
Cruzeiro do Sul [email protected]
O mais comum é que transtorno se manifeste na infância
O mais comum é que transtorno se manifeste na infância (Crédito: DIVULGAÇÃO / UNICEF)

O Brasil divulga pela primeira vez com um cálculo oficial da população de pessoas com autismo. São 2,4 milhões que declararam ter recebido diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) por algum profissional de saúde, segundo dados do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na sexta-feira (23).

O número equivale a 1,2% da população do País. Estimativas existentes apontam que o número real de pessoas com TEA deve ser maior, diante dos desafios de subdiagnóstico, sobretudo em camadas mais vulneráveis da população.

A Organização Mundial de Saúde caracteriza o transtorno por “déficits persistentes na habilidade de iniciar e manter interações sociais e comunicação social recíprocas, e por uma gama de padrões de comportamento, interesses ou atividades s, repetitivos e inflexíveis” que são “atípicos ou excessivos para a idade e o contexto sociocultural do indivíduo”.

O mais comum é que o transtorno se manifeste na primeira infância (fase de zero a seis anos), durante o período do desenvolvimento. Os sintomas, no entanto, podem não se manifestar plenamente até mais tarde.

Como a condição só ou a integrar o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais nos anos 1980, muitos adultos e idosos podem viver com o quadro sem terem sido diagnosticados.

De acordo com o Censo 2022, a prevalência do diagnóstico na população brasileira é maior entre os homens (1,5% deles foi diagnosticado com TEA) do que entre as mulheres (0,9%), e entre pessoas brancas (1,3%), em relação aos outros recortes raciais, o que pode refletir desigualdades de o ao diagnóstico.

Os dados também indicam que 43% da população diagnosticada com autismo está concentrada na região Sudeste, em números absolutos.

Conforme o Censo, a taxa de escolarização da população com autismo foi superior (36,9%) à observada na população geral (24,3%). Isso se dá pela concentração maior da população com autismo na faixa etária mais jovem, com altas taxas de escolarização. (Estadão Conteúdo)