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Economia

IPCA-15 de maio é o mais baixo para o mês desde 2020

Houve influência do aumento dos medicamentos e queda em alimentação

27 de Maio de 2025 às 21:58
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Apesar da redução de preços dos alimentos, a batata subiu 21%
Apesar da redução de preços dos alimentos, a batata subiu 21% (Crédito: ANA CLAUDIA MARTINS / ARQUIVO JCS)

A alta de 0,36% registrada em maio pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais branda desde janeiro de 2025, quando o indicador subiu 0,11%. Considerando apenas os meses de maio, o resultado foi o mais baixo para o mês desde 2020, quando caiu 0,59%.

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer após três meses seguidos de aceleração, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,44%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses ou de 5,49% em abril de 2025 para 5,40% em maio de 2025.

Os gastos das famílias brasileiras com saúde e cuidados pessoais aram de uma elevação de 0,96% em abril para um aumento de 0,91% em maio, uma contribuição de 0,12 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

Houve pressão dos aumentos nos produtos farmacêuticos, avanço de 1,93%, em decorrência da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, em 31 de março.

A alta no grupo foi influenciada também pelo aumento de 0,57% no plano de saúde. O subitem foi responsável pela quarta maior contribuição individual para a inflação do mês, 0,02 ponto porcentual, atrás apenas das pressões da energia elétrica, batata inglesa e café moído.

O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas subiu em maio pelo nono mês consecutivo, mas as quedas nos preços de itens importantes na cesta de consumo, como o tomate  (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%), ajudaram a deter a inflação no mês.

O grupo alimentação e bebidas saiu de uma elevação de 1,14% em abril para uma alta de 0,39% em maio, resultando numa contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa de 0,36% registrada pelo IPCA-15 neste mês.

A alimentação no domicílio avançou 0,30% em maio. Apesar dos recuos no tomate, arroz e frutas, houve aumentos na batata inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,63%. A refeição fora de casa subiu 0,49%, e o lanche avançou 0,84%.

Transportes

O recuo de 11,18% no custo das agens aéreas em maio deu a principal contribuição para deter a prévia da inflação do País no mês. O subitem impactou em -0,07 ponto porcentual na taxa de 0,36% registrada pelo IPCA-15 de maio.

Os gastos das famílias com transportes aram de uma queda de 0,44% em abril para um recuo de 0,29% em maio, uma contribuição de -0,06 ponto porcentual para a taxa de inflação neste mês.

Em maio, os combustíveis subiram 0,11%. Houve altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), mas quedas no óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%). (Estadão Conteúdo)