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Irregularidade

MTE autua empresa de recicláveis por manter funcionários sem registro e com jornada excessiva

Cerca de 20 funcionários estavam trabalhando irregularmente, sem registro, quatro deles sendo haitianos e um chinês

27 de Maio de 2025 às 14:47
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
O MTE ou a investigar o espaço após denúncias de uma funcionária
O MTE ou a investigar o espaço após denúncias de uma funcionária (Crédito: Alisson Zanella (27/05/2025))

A unidade regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Sorocaba realizou uma fiscalização e autuou uma empresa de reciclagem, localizada no bairro Iporanga, na manhã desta terça-feira (27). A empresa foi autuada por manter funcionários sem registro em carteira de trabalho, jornada excessiva e falta de equipamentos de segurança.

A ação contou com a participação da Polícia Federal para acompanhar as irregularidades. Segundo o chefe regional do Ministério do Trabalho de Sorocaba, Ubiratan Vieira, cerca de 20 funcionários -- quatro deles haitianos e um chinês -- estavam trabalhando irregularmente e sem registro. Vieira informou que a denúncia chegou até o MTE por uma ex-funcionária haitiana que procurou uma instituição da cidade por trabalho excessivo e maus tratos por parte dos gestores da empresa.

Na fiscalização foi constatado que a empresa, registrada como recuperação de materiais plásticos, metalurgia de alumínio e cobre, operava em extintores de incêndio ou mangueiras nos hidrantes, descumprindo normas de segurança e o prestadores de serviço não recebiam equipamentos de proteção individual (EPIs).

Em conversa com os funcionários haitianos, eles relataram trabalhar na empresa há três meses sem registro em carteira, sem direito trabalhista e sem condições de segurança para trabalho. Segundo eles, cumpriam jornadas de até 12 horas diárias, eram responsáveis pela produção e limpeza da instalação.

À reportagem do Cruzeiro do Sul, uma funcionária disse que os responsáveis pela empresa haviam prometido regularizar a situação dos empregados e cobrava os prestadores de serviço o uso de protetor auricular.

A empresa deverá regularizar a situação dos trabalhadores e adquirir os equipamentos de proteção para poder voltar a funcionar e os proprietários foram intimados a prestar esclarecimentos à Polícia Federal.

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