Moradores do Jd. Simus reclamam de falta de policiamento após série de furtos

Somente nesta quarta-feira (28), dois hidrômetros foram furtados; moradores alegam que o suspeito é um homem em situação de rua

Por Da Redação

O furto na Alameda dos Jasmins aconteceu por volta das 6h15

Moradores do Jardim Simus, na zona oeste de Sorocaba, reclamam da falta de policiamento na região. Somente nesta quarta-feira (28), dois hidrômetros foram furtados. O primeiro aconteceu na Alameda dos Jasmins e, o outro, na Alameda das Hortênsias. Moradores alegam que o suspeito é um homem em situação de rua.

Uma mulher, que preferiu não se identificar, afirma que os casos são recorrentes pelas ruas do bairro. Segundo ela, homens em situação de rua abordam diariamente os moradores pedindo dinheiro, alegando que precisam voltar para a sua cidade. Os residentes suspeitam que eles sejam os autores dos furtos.

“Isso está acontecendo desde o final do ano ado. Não temos patrulhamento frequente na região”, relata a mulher. “Às vezes, nem mesmo quando ligamos nos telefones emergenciais somos atendidos”.

A assistente istrativa Andrea Rocha, de 40 anos, é moradora da Alameda dos Jasmins e foi quem percebeu o furto do hidrômetro. Ao Cruzeiro do Sul, ela contou que, por volta das 6h15, a sua vizinha flagrou um homem próximo ao aparelho de medição de sua residência. Na ocasião, até perguntou o que ele estava fazendo, mas a resposta foi: “nada”.

“Ela estava saindo para trabalhar, mas me avisou sobre a situação porque ficou desconfiada. Por volta das 7h, quando saí de casa, o hidrômetro não estava mais lá e a água jorrava pela rua”, conta a mulher.

Assim como a colega de bairro, Andrea também percebeu uma queda na frequência do policiamento na região. Segundo ela, existe uma área de mato, próxima à Alameda dos Lírios, que muitas pessoas em situação de rua e usuárias de drogas utilizam para se esconder e fugir para outros bairros vizinhos. Em sua opinião, esse é o local que mais precisa de monitoramento.

“Eu entendo que as polícias e a Guarda Civil Municipal (GCM) atendem muitas demandas e, na maioria das vezes, não têm oficiais e agentes suficientes. Porém, acredito que se fechasse esse matagal, iria diminuir o índice de roubo em nosso bairro, porque é por lá que eles am para entrar e sair do Jardim Simus”, aponta a assistente istrativa.

Sensação de insegurança

A situação, no entanto, não se limita somente às Alamedas dos Jasmins e das Hortênsias. Segundo a aposentada Arceline Maria Teixeira Lopes, de 69 anos, a cada dia que a, o bairro se torna mais perigoso. Embora não tenha sido vítima dos furtos recentemente, ela escuta muitas histórias de vizinhos que foram.

“Está muito perigoso. Há algumas semanas, alguns homens levaram o hidrômetro do prédio em frente de casa”, lembra a senhora. “Antes, todos os dias, por volta das 20h, uma viatura ava pelo bairro. Contudo, já faz uns três meses que não vejo mais. São raras as exceções”.

Em alguns casos, os furtos não se limitam somente aos hidrômetros. Sandra Almeida, de 59 anos, é tutora do Programa Vizinhança Solidária (PVS) do Jardim Simus e relata que a maioria dos crimes acontece durante a madrugada. Os autores, geralmente, são pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

“Na Alameda dos Lírios, um grupo invadiu uma casa e levou tudo, até mesmo os brinquedos do filho e um veículo que estava na garagem. Na ocasião, a família não estava na residência”, conta Sandra. “Além disso, lugares públicos também são alvos dos furtos, como o posto de saúde”.

O que diz a Prefeitura…

Ao Cruzeiro do Sul, a Prefeitura informou que, por mais que a Polícia Militar seja responsável pelo policiamento ostensivo da cidade, a Guarda Civil Municipal mantém equipes atuantes 24 horas por dia, realizando o patrulhamento preventivo. Somente em 2025, equipes da GCM realizaram mais de 156 patrulhamentos preventivos no Jardim Simus.

“A população sempre pode colaborar com o trabalho das autoridades, acionando os telefones 153 (GCM) e 190 (PM), em caso de denúncias envolvendo criminalidade ou outros tipos de irregularidades. Outra recomendação é que o munícipe providencie o registro de boletim de ocorrência na Polícia Civil, para que as devidas investigações sejam feitas pelo órgão competente”, acrescentou a istração Municipal.

Além disso, a Prefeitura também cita a “Operação Ferro-velho” para combater casos de receptação e diminuir furtos em todas as regiões da cidade. Já o programa “HumanizAção”, voltado para o atendimento de pessoas em situação de rua, também é uma ação da municipalidade para regular essa situação.

E a Polícia?

Assim como a Prefeitura, o Cruzeiro do Sul também questionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A pasta reafirma seu compromisso no combate à criminalidade na região do Deinter-7, incluindo a cidade de Sorocaba.

"As estatísticas criminais são permanentemente analisadas para orientar o policiamento nas ruas e investigações em todo o estado. Assim, são elaboradas ações para combater e até evitar crimes. A Polícia Militar tem intensificado o policiamento nas áreas com maior incidência criminal e a Polícia Civil as ações para combatê-los e, sobretudo identificar e prender criminosos, desarticular quadrilhas e coibir receptadores", informa a secretaria.

Além disso, a pasta acrescenta que 768 infratores foram presos ou apreendidos, representando um aumento de 15,3% nos índices, e 59 armas de fogo foram retiradas das ruas.

Sobre os casos mencionados, a Polícia Civil localizou um registro de furto de dois hidrômetros ocorrido na madrugada desta quarta-feira (28), na Alameda das Hortênsias, que está sob investigação para identificar a autoria.