Investigação
Namorado de Michele Gavioli é indiciado por feminicídio
A Polícia Civil de Itu concluiu o inquérito do caso na sexta (7)); jovem desapareceu em novembro de 2024 e o namorado é o principal suspeito da morte dela

A Polícia Civil de Itu concluiu, na sexta-feira (7), o inquérito sobre a morte de Michele Pedroso Gavioli, de 26 anos, e indicou o namorado dela, de 21, pelo crime. A jovem desapareceu em 16 de novembro de 2024. O carro dela foi encontrado queimado na rodovia Castello Branco (SP-280), em Sorocaba, no mesmo dia. Havia um corpo carbonizado no veículo, mas ainda não se sabe se é dela.
No momento, a polícia aguarda os laudos periciais para confirmar a identidade da vítima, complementar as investigações e reforçar as provas já colhidas.
Estranhando o sumiço, o pai de Michele foi até a casa dela, no bairro Cidade Nova, e encontrou manchas de sangue. Ele então, ligou para a Guarda Civil Municipal (GCM), contou sobre o desaparecimento da filha e apontou a possibilidade e o namorado tê-la assassinado.
No local, os guardas observaram vestígios de sangue no corredor, no batente da porta de um quarto e em um facão. O objeto e um celular foram apreendidos.
Os agentes também obtiveram imagens de câmeras de segurança que mostram o casal chegada à residência da mulher na madrugada do dia 16, um sábado. Após cerca de uma hora, o acusado sai com a namorada aparentemente inconsciente no colo, a coloca no carro dela e volta para a residência. Em seguida, sai de novo, fecha o portão, entre no veículo e vai embora.
Diante dessas evidências, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itu abriu inquérito para investigar a denúncia e pediu a prisão do rapaz. Com a repercussão do caso, ele fugiu para o Rio de Janeiro, onde foi capturado em 19 de novembro. Agora, ele segue à disposição da Justiça.
A polícia destaca que a pena para feminicídio no Brasil foi recentemente alterada pela lei 14.994/2024, sancionada em 9 de junho de 2024. Com a nova legislação, o tempo de prisão ou a ser de 20 a 40 anos.
Relacionamento conturbado
Na época do desaparecimento, uma irmã de Michele contou que o casal estava junto há cerca de cinco meses e vivia um relacionamento conturbado. Segundo ela, a relação era marcada por brigas, ameaças e violência psicológica contra a jovem, devido ao ciúme excessivo do suspeito.