Habitação
Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida oferece mais oportunidade de compra para as famílias
Agora, famílias com renda bruta mensal de até R$ 12 mil podem financiar imóveis de R$ 500 mil por meio do programa

O Governo Federal expandiu, no início de maio, o limite de crédito imobiliário do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), criando a alternativa “Classe Média”, também conhecida como Faixa 4. Desta forma, famílias com renda bruta mensal de até R$ 12 mil podem financiar imóveis de R$ 500 mil, sejam novos ou usados, por meio do programa de habitação federal. A nova possibilidade, além de ampliar a oportunidade de compra da população, também abre um novo leque de imóveis disponíveis.
De acordo com William Romano, sócio e diretor comercial da Comatt Construtora e Incorporadora, a proposta reflete diretamente no cenário imobiliário atual. Enquanto o valor dos imóveis cresce, o poder de compra da população diminui. Essa conta resulta, na maioria das vezes, em casas e apartamentos que não atendem corretamente às condições de uma família da classe média.
“Por exemplo, quando existe uma limitação no financiamento de até R$ 350 mil, o comprador fica orbitando entre apartamentos de, no máximo, dois dormitórios”, aponta Romano. “Além disso, geralmente, os imóveis mais baratos são antigos e mal localizados, afastados dos centros ou das microrregiões”.
Neste cenário, a Faixa 4 surge, com um limite de crédito maior e taxas de juros mais íveis, para atender essas demandas. Em comparação com a Faixa 3, destinada à população com uma renda bruta mensal de R$ 4,7 a R$ 8,6 mil, o novo limite de crédito aumentou em R$ 150 mil. O prazo para pagamento, por sua vez, é de até 35 anos, com taxa de juros nominal de 10% ao ano, conforme o Ministério das Cidades.
Em Sorocaba, segundo Romano, com uma carta de crédito de R$ 500 mil é possível encontrar apartamentos bem localizados, tanto na região central quanto próximos às microrregiões, e com uma disposição de cômodos maior. Normalmente, esses imóveis possuem três dormitórios, dois a três banheiros, além de áreas de serviço e lazer integradas.
“Desta forma, as famílias não ficarão restritas somente a dois dormitórios em regiões mais distantes da cidade. Pelo contrário, elas terão mais conforto e praticidade em seu novo lar”, destaca o diretor comercial da Comatt. “Portanto, eu vejo que essa extensão vai fazer com que as pessoas consigam procurar apartamentos com mais condições para atender suas necessidades”.
A valorização do imóvel ao longo dos anos também é um ponto citado por Romano. No caso dos apartamentos avaliados em R$ 500 mil, além da localização e quantidade de cômodos, os materiais e a qualidade técnica do empreendimento também são superiores. Um exemplo são as paredes mais espessas, oferecendo um conforto térmico e sonoro.
“Eu vejo muitas pessoas, como diz o ditado, comprando coelho por lebre. Na maioria das vezes , elas escolhem pelo mais barato, sendo que, se colocasse um pouquinho mais, poderiam ter um imóvel melhor, que se valorizasse com o tempo e não demandasse tanta manutenção”, pontua o diretor comercial. “Porque empreendimentos com mais tempo de vida, possuem necessidade de reforma, afinal, acontecem infiltrações, a tinta descasca e entre outras coisas. No fim, o mais barato pode sair mais caro”.
Com a criação do MCMV - Classe Média, os limites de renda das faixas já existentes no programa também foram atualizados. A primeira categoria, a Faixa 1, abrange famílias com renda bruta de até R$ 2,85 mil. Na sequência, a Faixa 2 engloba pessoas com renda bruta de até R$ 4,7 mil. Por fim, na terceira categoria está a população que ganha até R$ 8,6 mil mensais.
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